sábado, 27 de dezembro de 2008

Quando o Amor Fez-se Triste



Quando o amor fez-se triste
Vestiu-se roupa escura
Rolaram lágrimas
Que molharam os projetos a dois.

A música pesou de nostalgia.
A ansiedade desgostou.
E uma esperança até despontou.
Inspirada no que ainda existe.
Todas as ambições se embaralharam.
Esgotadas na depressão.
Alguém que, enfim, resiste.
E penetra a escuridão.

Quando o amor fez-se triste
Chorou-se a honra dos detalhes.
Súbitas metamorfoses.
Na repulsão do desencontro.

As palavras criaram forças e formas.
E feriram, sem perdão.
Um incêndio se formou.
E abafado foi, com tempestade.
As coisas perderam o paladar.
Insossas de incompreensão.
Alguém que, enfim, resiste.
E dissemina a solidão.

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©2007 '' Por Elke di Barros